PV: Bom dia Dr. Jailson. Primeiramente gostaríamos de saber de sua origem de
onde veio ou coisas do tipo?
Jailson: Bom dia Professor. Peço que me chame apenas de Jailson, me sinto mais
confortável assim. Bem vamos lá. Meu nome é Jailson da Paixão Ramos, sou de uma
família de agricultores do Estado de Minas Gerais onde residem meus pais.
PV: Qual o motivo que o levou a vir conhecer e morar em Quixaba?
Jailson: Bem conheci Quixaba nas viagens que
fazia o percurso do trabalho, ou seja, ao me deslocar de Carnaíba onde
trabalhava em 2009 seguia para a Cidade de Princesa Isabel na Paraíba onde
também atuava como médico. Certa vez passando por Quixaba pensava comigo que
por questão de logística, seria bem melhor para mim se residisse em Quixaba,
pois faria o percurso Quixaba/Carnaíba e Quixaba/Princesa. Então a ideia foi me
consumindo enquanto ia conhecendo a cidade e alguns pacientes onde também
trabalhei até que em 2012 decidi vir morar juntamente com minha família.
PV: Você montou um consultório particular na sua residência quando veio morar
em Quixaba. Sua intenção também era de trabalhar de forma remunerada na cidade?
Jailson: Verdade, montei sim um consultório e bem simples por sinal, pois pensava
que nos dias que não estivesse de plantão em outra cidade, poderia ganhar um
extra e complementar minha renda. Porém aos poucos fui notando que as pessoas
que me procuravam como médico eram bem carentes e algumas chegavam a pedir até
pelo amor de Deus para atende-las e isso foi me comovendo. A gratidão dessas
pessoas, a forma como retribuíam meus serviços, era para mim naquele momento,
mais que o próprio dinheiro. Fui ai que conversando com minha família que
decidi não mais cobrar pelas consultas. Não só passei a não cobrar como também passei
a ir ao encontro das pessoas que precisavam de meus serviços também nas
comunidades rurais.
PV: Hoje você é candidato a prefeito de Quixaba. Já tinha alguma pretensão
política?
Jailson: Não, nunca tive pretensões políticas ao vir morar nessa cidade, porém
devido ao trabalho social que comecei fazer aqui, muitos acreditavam que essa
era minha intenção e isso foi gerando certo desconforto por um lado que prefiro
não comentar nesse momento. Ao mesmo tempo que ia gerando desconforto em
algumas pessoas, ia também despertando a esperança em outras. Sempre era
indagado sobre o assunto por pessoas sofridas das comunidades rurais e também
da zona urbana, principalmente nas minhas caminhadas de final de tarde quando
passava por algumas ruas da cidade. E da mesma forma que algumas pessoas me
pediam para atendê-las em meu consultório, também me pediam para tornar-se político
e isso foi se propagando até que não tive mais como não me envolver, porém,
isso depois de muita conversa com minha família e de muito discernimento que
pedia a Deus.
PV: Por que escolheu o Partido Socialista Brasileiro para se filiar?
Jailson: Primeiro por uma questão de afinidade, pois o PSB trouce juntamente com
Governado Eduardo Campos e seu avô Miguel Arraes, muita esperança para o povo
pernambucano e principalmente para os quixabenses. E depois porque tinha
ligação com alguns amigos que já faziam parte da bancada do PSB como é o caso
de Anchieta Patriota (Ex-Prefeito e atual candidato da Cidade de Carnaíba).
PV: Desde que começou a fazer um trabalho social nas comunidades do município
de Quixaba e desde que seu nome foi citado como provável candidato, muitos
comentários têm se ouvido a seu respeito, alguns bons e outros não. Como você e
sua família tem encarado essa situação?
Jailson: É uma situação bem delicada, pois ao mesmo tempo que alguns me elogiam e
me agradecem pelo meu trabalho, outros me criticam, e pior que se fosse apenas
uma crítica, até que não tinha problema, pois estas poderiam me ajudar a
melhorar ainda mais os meus serviços. O que me deixa indignado muitas vezes,
são as calúnias e inverdades que espalham a meu respeito.
PV: Já que estamos falando desse assunto, gostaria de lhe perguntar sobre
algumas coisas que tem se ouvido sobre você. Já ouvi falar que o Dr. Jailson
falou que se eleito, iria acabar com as festas de janeiro que muitos ainda
acham que é uma festa da igreja católica e mais, que iria acabar com a própria
igreja católica. O que o senhor tem a falar sobre isso?
Jailson: É professor soube desses boatos sim. Essas e outras mentiras têm surgido
desde quando me coloquei a serviço do povo quixabense e essas as vezes me
trazem um pouco de tristeza.
Todos sabem que sou
evangélico e usam desse fato para tirar proveito da situação com essas calúnias
tentando colocar a Igreja Católica contra mim, porém, sempre tive e tenho boa
relação com os irmãos de outras denominações religiosas, principalmente os
católicos. Hoje moro ao lado da casa dos padres, conheço tanto o Padre Pedro
quanto o Padre Viana, são nossos vizinhos e temos uma relação de muito
respeito. Quando encontro o Padre Pedro, as vezes começamos tanto que até
perdemos a hora. Gostaria de deixar bem claro que eu, minha esposa e toda minha
família nunca falaríamos essas besteiras.
Mas vamos aos fatos,
andei buscando informações sobre as festas que aqui ocorrem no mês de janeiro e
estas, são festas tradicionais portanto, fazem parte da cultura da comunidade e
jamais podem deixar de existirem e muito menos se acabarem, podemos dizer que
as festas são um património cultural da Cidade de Quixaba. Hoje o Governo Federal
tem um ministério exclusivo para cuidar da cultura, para resgatar a cultura das
comunidades, alguém que inventa uma conversa dessas, não deve saber disso. Caso
seja eleito, temos propostas para melhorar essas festas que muitas vezes ficam
restritas as pessoas da cidade.
Tenho visto tanta coisa
bonita nas comunidades onde tenho andado, mas que muitos aqui da cidade não
sabem que existem, acredito que as escolas também devem ter muitos trabalhos
interessantes que precisam serem disseminados, precisam serem divulgados, talentos
precisam serem revelados, isso é cultura e deve ser preservada, estimulada e
divulgada.
Com relação a Igreja
Católica, o assunto se torna ainda é mais sério, isso porque a Igreja Católica
é uma instituição séria e que não tem ligação com o Estado com o Governo. Hoje
a igreja é considerada a maior
instituição de caridade do mundo, ou seja, ela acaba até ajudando os
governos no combate à pobreza, no combate à fome e no combate das injustiças
sociais. Ela tem seus próprios dogmas e costumes, portanto, não cabe a nenhum
governo muito menos municipal decidir nada sobre a igreja, pensar que um
governo pode acabar com uma instituição como a Igreja Católica, é de uma falta
de inteligência muito grande. As pessoas que tentam denegrir a minha imagem com
essas coisas deveriam procurar conhecer um pouco mais sobre a Igreja Católica,
se arrepender é pedir perdão a Deus pela calúnia não contra a mim que também
sou pecador mas sim contra a igreja.
Porém professor essas
não foram as únicas calúnias que inventaram de mim com relação a igreja, saiu
conversa que eu Dr. Jailson iria acabar com grupos da Igreja Católica e isso todos
sabem que nem o próprio Papa faz isso sozinho. Saiu também uma conversa que
quando a imagem da santa estava peregrinando aqui em Quixaba, que eu teria
acionado a justiça para tentar impedir que a prefeitura desse carros para levar
os irmãos católicos para Afogados da Ingazeira e isso só soubemos 2 (dois) dias
depois do ocorrido e que as conversas estavam rolando. Já foram muitas
conversas que não valem nem a pena citar.
Tenho procurado ser bem
transparente e coerente em todas as minhas decisões. Tenho conversado e me reunido
com jovens para ouvir suas necessidades, tenho sentado com agricultores,
professores, esportistas e também tentei marcar uma reunião com o padre e
pessoas ligadas a Igreja Católica para também os ouvir e para que possamos
fazer um plano de governo bem justo e transparente, porém quando tentei marcar
a reunião, o Padre Pedro estava em São Paulo, pois havia falecido um irmão dele
e estava cuidando de coisas da família por lá. Mas mesmo assim, sondei algumas
pessoas da igreja e esses nos disseram mesmo de maneira informal que um dos
desejos da igreja com relação ao governo municipal é também um maior apoio com
relação as festas religiosas no sentido de termos mais bandas e ministérios
tocando nos encerramentos das festividades. E o interessante é que nós evangélicos
também temos esse mesmo desejo e isso nós vamos ter caso seja eleito.
Então quero dizer para
todos os irmãos católicos, evangélicos e não cristãos, que nossas festas vão
melhorar e queria também dizer aos nossos irmãos que aquilo que nos une que é
Cristo, é muito maior do que aquilo que nos separam que são os dogmas de cada
igreja.
PV: Também ouvi dizer que existem algumas pessoas que ao se referir a você,
o chamam de forasteiro pelo fato de não ser de Quixaba. Como tem encarado essa
situação?
Jailson: Também soube dessa situação, porém, isso é a coisa mais sem fundamento
que existe, pois já resido em Quixaba desde 2012 e não posso ser considerado cidadão
quixabense ao mesmo tempo outras pessoas que nunca moraram em Quixaba nem por
um dia, receberam título de cidadão quixabense por parte do Poder Legislativo. É
no mínimo uma situação inusitada.
Todos os Pernambucanos
sabem quem foi o Governador Miguel Arraes, inclusive os quixabenses, ele também
poderia ser considerado um forasteiro no contexto que se referem a mim, pois também
não era Pernambucano e sim do Cearense da Cidade do Araripe, no entanto foi um
dos maiores e melhores governadores de Pernambuco e do país.
PV: Bem, chegamos ao fim de nossa entrevista. Gostaria de deixar alguma
mensagem para a os nossos leitores e pessoas em geral?
Jailson: Gostaria de agradecer a você pela
entrevista, bem como a todos os cidadãos quixabenses, principalmente aqueles
que tem me procurado ou procurado a minha esposa pela confiança em nosso
trabalho. Encerro com uma frase de um ex-presidente brasileiro que foi o
Juscelino Kubitshek onde certa vez disse o seguinte: "Não
aceito o julgamento dos que agora me julgam; só aceito o julgamento do povo,
pois só nele reconheço o juiz de minhas ações." Obrigado!
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